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Vantagens das divisórias de vidro

Vantagens das Divisórias de Vidro

Excelentes aliadas no design de interiores

por:

Rebeca Guimarães

Tempo de leitura: 5 minutos

Entrar em um edifício corporativo hoje é uma experiência completamente diferente de algumas décadas atrás. Especialmente se estivermos falando de startups, espaços de co-work e empresas de tecnologia.

Mesa de ping pong ao lado de um janelão, puffs coloridos, reuniões em ambientes mais parecidos com uma sala de estar do que qualquer outra coisa. E é claro, um espaço confortável para o café e lanchinhos no meio da tarde.

Sim, você está em horário comercial e relatórios ainda precisam ser entregues. Mas a atmosfera não lembra nada àqueles ambientes sisudos com cara de repartição pública.

E é claro que o vidro não ficaria de fora dessa revolução!

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Aqui no Vidro Certo sempre enfatizamos o quanto o uso do material faz a diferença no conforto térmico, no contato com o externo e na iluminação natural que traz diversos benefícios.

Mas você sabia que o vidro também é um excelente aliado no design de interiores?

Nos ambientes corporativos as vantagens são muitas. Para compor esse novo modo de trabalhar e viver, o vidro é essencial!

A transparência do vidro tem a capacidade de criar a ilusão de mais espaço. Então adicione algumas divisórias de vidro ao escritório e você instantaneamente terá um ambiente mais claro, arejado e espaçoso.       

As primeiras impressões contam, e isso é particularmente importante quando os clientes em potencial estão visitando o escritório. Quando convidado para um espaço de trabalho acolhedor, isso instantaneamente traz uma sensação que conecta e permite que a reunião tenha um ótimo começo para o melhor resultado possível. No entanto, isso pode ser completamente o oposto, caso o cliente não se sinta bem no local. É claro que o espaço do escritório não é tudo para qualquer negócio, mas pense nisso, você estaria mais disposto a trabalhar com uma empresa que se orgulha de sua apresentação ou naquela que não dá atenção a esse tipo de detalhe?

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O melhor das divisórias de escritório é que elas não são apenas de vidro. Todos os sistemas de repartição são altamente personalizáveis ​​e permitem modificações, incluindo pintura e outros tipos de costumização. Esta é uma ótima maneira de injetar um toque de design e estilo e torna as divisórias completamente exclusivas para o seu ambiente de trabalho. Por exemplo, algumas empresas colocam o seu logotipo em  todas as divisórias, enquanto outras optam por algo mais minimalista. Com divisórias de vidro para escritório, você pode ser tão ousado ou simplista quanto quiser. 

As divisórias de vidro também deixam espaço para futuras reformulações do espaço do escritório. Se pretende remodelar o seu espaço, é fácil! Devido à menor quebra, os vidros podem ser utilizados ​​em outros lugares. Alterações futuras podem ser pensadas, pois são menos confusas do que quebrar uma parede. Além disso, é mais rápido de instalar e a aparência desejada pode ser alcançada em pouco tempo. 

O vidro é a melhor solução para a maioria dos escritórios que procuram modernizar a sua decoração e criar espaços que realmente conectam.

por:

Rebeca Guimarães

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Novas formas
de morar

A pandemia do coronavírus trouxe inúmeras mudanças para a vida de todas as pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas mudanças já estavam em curso e foram apenas adiantadas.

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Desde o inicio da pandemia da covid 19 a discussão a respeito da qualidade de vida e saúde mental das pessoas se intensificou e tem mostrado a importância de falarmos e cuidarmos desses aspectos no nosso cotidiano.

Privacidade e
o vidro​

O vidro sempre esteve muito ligado a alguns atributos que enfatizam a sua principal característica: transparência. Ele nos possibilita contato com o externo, luz, natural, traz a natureza para perto, amplia espaços e conecta as pessoas em um mesmo ambiente.

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Os benefícios do vidro!

O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

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Arquitetura Projetos

Arquitetura do bem-estar e o vidro

Arquitetura do bem-estar e o vidro

Você já ouviu falar disso?

por:

Flávia

Tempo de leitura: 3 minutos

Desde o inicio da pandemia da covid 19 a discussão a respeito da qualidade de vida e saúde mental das pessoas se intensificou e tem mostrado a importância de falarmos e cuidarmos desses aspectos no nosso cotidiano. Alinhado a isso, ganhou força o conceito de arquitetura do bem-estar. E aí, você já ouviu falar disso?

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A privação do nosso “viver em sociedade” de forma presencial nos fez questionar a qualidade dos espaços ao nosso redor. Durante toda a pandemia estivemos mais sozinhos, seja no trabalho home office ou durante os períodos de descanso que foram restringidos às nossas próprias casas na maior parte do tempo e isso nos fez olhar mais para o ambiente ao nosso redor e questioná-lo.

Perguntas como: “Como ele faz eu me sentir?”; “Gosto de trabalhar aqui?”; “Os móveis são adequados e confortáveis?”; “A iluminação é boa?”; “A ventilação suficiente?”; “É silencioso para que eu possa me concentrar no meu trabalho?”, “Esse ambiente ajuda a me conectar com o meu entorno?” entre tantas outras. E todas elas dizem respeito à arquitetura do bem-estar!

As pessoas são seres estimulados pelos sentidos, e como tais, a percepção dos ambientes influenciam diretamente no nosso bem-estar e por isso se pensar a arquitetura à partir deste princípio é tão importante nos dias de hoje. A arquitetura do bem-estar busca trazer aos ambientes as melhores qualidades em conforto estético, luminoso, térmico e acústico e, nesse interim, o vidro vem fazer lindamente seu papel!

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O vidro pode desde proporcionar a integração entre os ambientes interno e externo quando usada a sua versão translúcida, colorida ou não; permitir a entrada de luz natural na medida que atenda a solicitação do projeto arquitetônico, levando em consideração o uso do espaço e a orientação solar da face em questão, usando vidros refletivos, texturizados ou pintados; regular a passagem de calor que normalmente viria dessa luminosidade especificando um vidro de controle solar, um vidro low-e ou a combinação de ambos, que resulta em um uso mais consciente e equilibrado dos sistemas de refrigeração e economia de energia; diminuir a passagem de barulhos entre os ambientes, fazendo mão do uso de um vidro insulado para um melhor desempenho acústico.

Saber entender o espaço para poder projetá-lo corretamente de modo que este atenda os seus usuários da melhor forma possível envolver além de entender os seus usos, entender e especificar seus materiais construtivos da forma certa, e isso inclui saber fazer a especificação do vidro certo!

por:

Flávia

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Arquitetura Projetos Tipos de Vidro

Privacidade e o vidro

Privacidade e o vidro

Como o vidro pode aproximar o mundo e garantir sua privacidade

por:

Rebeca Guimarães

Tempo de leitura: 5 minutos

O vidro sempre esteve muito ligado a alguns atributos que enfatizam a sua principal característica: transparência. Ele nos possibilita contato com o externo, luz, natural, traz a natureza para perto, amplia espaços e conecta as pessoas em um mesmo ambiente.

Durante muito tempo, a única forma de ter todas essas qualidades que o vidro proporciona e, ao mesmo tempo, garantir privacidade em certos momentos, se dava com a utilização de elementos adicionais, tais como, cortinas, persianas e brises.

Com o advento de novas tecnologias, a indústria de vidro trouxe diversas soluções que garantem a privacidade sem abrir mão de todos os benefícios proporcionados pelo material mais incrível que conhecemos!

Banner mostrando um homem lendo em uma mesa ao lado de uma parede de janelas de vidro com aparência opaca.

Vidro Translúcido

Este estilo de vidro tem uma aparência fosca e é produzido por jateamento de areia ou gravação com ácido em chapa de vidro transparente. Ao criar uma superfície marcada em um lado do painel, a luz é espalhada e difundida. O efeito é que desfoca as imagens enquanto ainda permite a passagem da luz.

O vidro translúcido é muito utilizado em divisórias de duchas, portas de banheiros, roupeiros e até na criação de pequenos espaços de leitura em varandas e sacadas.

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Vidro Texturizado

Como o nome indica, o vidro texturizado tem uma superfície texturizada. O desenho ou padrão é gravado na chapa de vidro. Ele se enquadra na categoria de privacidade e vidro decorativo devido à gravura do design.O design no vidro texturizado difunde a luz e deforma a visão interna. A sensação decorativa do vidro texturizado é uma qualidade adicional. Assim, é utilizado para complementar o interior e proporcionar uma melhor privacidade. O vidro texturizado vem em uma ampla variedade de designs e padrões.

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Vidro Colorido

O vidro colorido é na verdade um vidro cristalino no qual uma tonalidade é adicionada para torná-lo opaco. Como o vidro texturizado, o vidro colorido também é usado como vidro decorativo. Diferentes opções de cores tornam o vidro colorido uma adição estética ao interior. O valor de privacidade aumenta com o conteúdo de cor. Quanto maior a tonalidade em uma chapa de vidro, melhor é sua capacidade de bloquear a visão. Da mesma forma, tons mais escuros são mais eficazes para reforçar a privacidade em comparação com tons mais claros. O vidro escurecido dá uma aparência dramática ao interior e serve como ponto focal.

Vidro Serigrafado

O vidro serigrafado é um tipo especial de vidro decorativo feito pela impressão de uma camada de tinta cerâmica na superfície do vidro através da malha da tela para o processo de têmpera ou fortalecimento térmico depois. Como resultado, o vidro serigrafado é durável, à prova de riscos, proteção solar e com efeito anti-reflexo. Seus recursos resistentes a ácidos e umidade mantêm as cores por décadas e as opções de cores e gráficos são inúmeras para os mais diversos usos no design de interiores. Além de todos esses benefícios, o vidro serigrafado também pode atender demandas no sentido de garantir a privacidade de seus usuários.

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Vidro Polarizado ou Inteligente

O vidro polarizado é uma solução de vidro elétrico que permite privacidade controlável através de uma unidade de vidro, transformando uma chapa de vidro translúcida em transparente instantaneamente.Dois filmes de PET são revestidos com um depósito de metal transparente e laminados juntos com uma fina camada de cristais líquidos entre eles. Este filme é então colocado entre duas camadas de EVA e laminado entre duas peças de vidro temperado.Quando uma corrente elétrica passa pelo filme entre as camadas intermediárias, todos os cristais líquidos dentro do filme se alinham, transformando o vidro de translúcido em transparente.Esta tecnologia de vidro comutável permite que o usuário gerencie a transparência através de uma elevação de vidro sob demanda, eliminando a necessidade de cortinas e persianas tradicionais.Essa solução é muito utilizada em espaços corporativos.

por:

Rebeca Guimarães

Leia também!

Novas formas
de morar

A pandemia do coronavírus trouxe inúmeras mudanças para a vida de todas as pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas mudanças já estavam em curso e foram apenas adiantadas.

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A neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Sabe-se que os primeiros padrões de escolha são formados ainda na primeira infância. De um modo geral tudo está correlacionado.

Os benefícios do vidro!

O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

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Arquitetura Projetos

Os Vidros do Palácio de Versailles

Os Vidros do Palácio de Versailles

Uma obra atemporal que homenageia o vidro

por:

VIDRO CERTO

A Galeria dos Espelhos de Versalhes

Tempo de leitura: 5 minutos

Este é o primeiro post da série O Vidro construindo a História, na qual você conhecerá grandes obras arquitetônicas que fazem parte da História da humanidade e como o vidro contribuiu para a imponência da sua construção.

O Palácio

Versalhes era uma aldeia rural no século XVII, mas hoje com o crescimento de Paris, é considerada área do subúrbio de Paris. Foi o centro do poder do Antigo Regime na França graças ao seu palácio.

O Castelo de Versalhes era um simples castelo de caça construído pelo rei Luís XIII, mas passou a ser reformado e ampliado no reinado do seu sucessor, rei Luís XIV.

O projeto foi pensado pelo arquiteto Louis Le Vau para que o castelo se tornasse um centro da Corte Real, para assim centralizar também os poderes além das pessoas.

Houve quatro campanhas para construção do Palácio de Versalhes, cada uma focando em uma parte do palácio e ao término das guerras do rei.

O palácio serviu de moradia real de 1682 até a volta forçada da família real para Paris em 1789

O palácio Rural de Weston Park é um dos projetos que acreditam ser de Lady Elizabeth Wilbraham

A Galeria dos Espelhos

A Galerie des Glaces, como é conhecida em francês, tem esse nome graças a sua principal característica: ela possui 17 arcos recobertos por espelhos que refletem as 17 janelas também em arco que dão para o jardim. Cada arco contém 21 espelhos, totalizando o surpreendente montante de 357 espelhos utilizados na decoração da galeria, algo que hoje já seria um deslumbre, mas no século XVII foi revolucionário.

Essa galeria tão única não fazia parte dos planos originais da construção do palácio: inicialmente o arquiteto Louis Le Vau havia projetado um grande terraço que separava o apartamento do rei do apartamento da rainha. Mas por ser um caminho muito aberto e exposto de um apartamento a outro, na terceira campanha de construção do palácio, já sob o comando do arquiteto Jules Hardouin Mansart, a construção da Galeria dos Espelhos se apropriou de três quartos de cada apartamento e do terraço para a sua construção.

A construção da Galeria dos Espelhos se deu de 1678 a 1684 e se propôs a manter uma atmosfera que desse a sensação de natureza, pois as 17 enormes janelas permitem a entrada da luz solar e a invasão da linda paisagem dos jardins de Versalhes.

No cotidiano do palácio, a Galeria servia obviamente para passagem, mas também de sala de espera, encontros e era frequentada por cortesãos e o público visitante do palácio, mas raramente era um espaço de cerimônias.

Apesar disso, é com muito orgulho que os franceses lembram que a Galeria dos Espelhos foi o local escolhido para a assinatura do Tratado de Versalhes, aquele que oficializou o final da I Guerra Mundial.

Juntamente ao projeto da Galeria dos Espelhos, foi realizada também a construção de dois salões: o Salão da Guerra e o Salão da Paz, ambos decorados com paredes de mármore e troféus que exaltam as vitórias militares.

Os Espelhos

Um ponto importante se de ressaltar é que no século XVII, o espelho era um dos itens mais caros e Veneza tinha o seu monopólio de fabricação.

Mas, graças as suas dimensões enormes e à filosofia mercantilista que exigia que todos os objetos utilizados na decoração de Versalhes fossem fabricados na França, o vidreiro Jean-Baptiste Colbert teria contratado vários trabalhadores de Veneza para trazer a tecnologia e o conhecimento para fabricação dos espelhos na França.

Diz a lenda que Veneza não teria gostado nada disso e enviou espiões para envenenar os trabalhadores trazidos de Veneza.

Verdade ou não, sabemos que a técnica de manufatura de espelhos desenvolvida pelos trabalhadores de Colbert foi tão eficaz a França chegou a interditar as importações de espelhos venezianos!

A empresa de Colbert foi fundada por ele mesmo em 1665 sob o nome de Manufacture royale des glaces, posteriormente passou a chamar Saint-Gobain e assim é conhecida até hoje.

A Restauração

A Galeria dos Espelhos já passou por muita coisa! Parte da sua mobília já foi empenhada para financiar guerras e o espaço chegou a ser completamente abandonada durante a Revolução Francesa.

Mas a partir do século XIX passou por algumas reformas pontuais até que em 2004, sob a direção de Frédéric Didier, arquiteto responsável pelos monumentos históricos franceses, a galeria passou por uma restauração completa que pode reforçar todos os espelhos e mobiliário do espaço.

Essa restauração permitiu dar vida nova a 70% dos espelhos originais, mas 30% teve que ser trocado por espelhos de época (mas não originais) devido à ação do tempo e restauros mal realizados anteriormente.

Essa teria sido a primeira restauração completa que a galeria recebeu desde a sua inauguração em 1684.

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VIDRO CERTO

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Fachada amiga dos pássaros

Fachada amiga dos pássaros

Como reduzir colisões

por:

VIDRO CERTO

Tempo de leitura: 10 minutos

Você já ouviu falar em colisões de pássaros em edifícios? Pode até ser que você tenha presenciado um pequeno pássaro bater na janela da sua casa ou na fachada envidraçada do seu local de trabalho. A verdade é que isso acontece há muito tempo e, felizmente, é um tema que vem ganhando destaque entre especialistas de diversas áreas. Biólogos, veterinários, arquitetos, políticos, construtores e, naturalmente, nas indústrias de materiais.

O desejo de estar conectado com o exterior, usufruir de iluminação natural, dentre outros benefícios proporcionados pelo vidro, podem e devem estar em harmonia com a natureza, em especial com a segurança dos pássaros.

É sabido que, em muitos casos, as colisões de pássaros em vidros ocorrem pelo animal não perceber o material, devido a sua transparência ou ser atraído pelo reflexo de ambientes naturais (árvores, fontes de água ou alimento), nas áreas envidraçadas ou mesmo pela reflexão do céu. A luz artificial de ambientes internos também é problemática para algumas espécies.


No Brasil temos poucas pesquisas sobre as colisões de pássaros com edificações, mas baseados em documentos internacionais, grupos de pesquisadores e interessados começam a discutir e estudar soluções mais adequadas para o país; avaliando a interferência do clima, as particularidades das espécies de aves brasileiras, nossa arquitetura e possíveis caminhos normativo/legislativo.


Não há dúvidas que o vidro oferece inúmeros benefícios não encontrados em outros materiais: o bem-estar gerado pela luz natural, sensação de amplitude, contato com o exterior e até mesmo ganhos para a saúde. 
Na arquitetura, o vidro possibilita muitas soluções estéticas, além de proporcionar segurança, conforto térmico e acústico aos usuários da edificação.

Diante desse cenário devemos conciliar os benefícios ao ser humano e evitar os acidentes com as aves, assim elencamos algumas sugestões de mitigação de colisões de pássaros em vidro:

Ao projetar uma construção, procure avaliar o seu entorno e saber se é uma área de habitação de aves. Evite que o reflexo no vidro atraia os pássaros. Vidros com baixa reflexão são sempre mais recomendados e posicionando de forma a não refletir a vegetação ainda melhor;

Arco

Evitar vãos com transparência ou reflexo que pareçam passagens naturais. 

Atenção com quinas de edifícios de vidro, são locais que merecem atenção pois os pássaros podem não perceber o vidro

Guarda-corpos e
muros de vidro...

 também devem ser pensados utilizando padrões que os pássaros consigam enxergar. Recomendamos usar a película da laminação com padrões ou serigrafia a quente pois não precisam de manutenção.

Outras opções possíveis de design da fachada seriam a instalação de brises, que podem ser de vidro ou não e cobogós.

Brises de vidro. Fonte: Galeria da Arquitetura

Cobogós. Fonte: Galeria da Arquitetura

 

Ainda durante o projeto é fundamental pensar na especificação de vidros, pois caso não seja feita, além de aumentar as chances de colisão, é bem difícil que após a finalização da obra, os vidros sejam trocados. Existem diversas opções para os vidros a serem instalados:

  • Vidro serigrafado – é uma solução definitiva. Deve-se sempre usá-lo na face 1 (exterior) para que o reflexo do vidro não interfira na visão da serigrafia, não deixando áreas transparentes maiores que 5cm x 10cm.
  • Vidro texturizado – possui textura na sua massa, o que aumenta a sua visibilidade e diminui a transparência;
  • Vidro acidato – (tratamento à base de ácido), pode também ter um desenho ou ser totalmente fosco;
  • Vidro com coating UV (UV coated glass) – sem interferência visual para o ser humano, porém com barreira para as aves.

Vidro texturizado. Fonte: Galeria da Arquitetura 

 

 

Vale ressaltar que pesquisas concluíram que adesivos com formato de pássaros não foram eficazes na mitigação de colisões. Por outro lado, a colocação de árvores/plantas próximas às áreas envidraçadas, pelo lado de fora, pode ajudar a evitar as colisões pois os pássaros tendem a parar nestas árvores não se aproximando do vidro. O ideal é que fiquem a menos de 1 metro dos vidros.

Para construções prontas, caso não seja possível a troca do vidro, podemos considerar a aplicação de películas. Fique atento ao espaçamento entre os elementos decorativos, pois ele deve ser limitado a 5 centímetros.

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Omotesando: A rua de vidro

Omotesando: A rua de vidro

Passeie conosco para conhecer alguns dos prédios mais fabulosos do mundo.

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VIDRO CERTO

Tempo de leitura: 5 minutos

O vidro oferece  formas para fachadas de edifícios incríveis em todo o mundo, mas essa avenida de Tóquio levou essa máxima para outro patamar. Omotesando é uma avenida de Harajuku (bairro de Tóquio). Apesar de repleta de árvores essa não é a principal atração o que realmente se destaca são os exemplos mais incríveis de arquitetura moderna que fizeram do vidro seu grande aliado chamando a atenção de turistas e amantes da arquitetura do mundo inteiro.

A avenida é o lar das construções incríveis que são um roteiro à parte na cidade. É possível encontrar projetos dos maiores escritórios de arquitetura do mundo que ousam com materiais diversos, mas sempre contando com todas as qualidades do vidro.

Audi Forum

O formato dessa construção é uma das que mais chama a atenção de quem passa. Também chamado de “iceberg”, esse prédio desafia a gravidade com pontas angulares que lembram muito o formato natural de um iceberg no meio da cidade e que cresce para o céu.

Essa tecnologia é chamada DPG (Dot Point Glazing ou spider glass), que permite a estruturação de uma fachada exterior sem uma estrutura externa ao vidro para sustentá-lo. É a mesma tecnologia usada na famosa pirâmide do Louvre, em Paris.

O projeto é assinado pelo escritório Creative Designers International, sediado em Tóquio, mas com projetos no mundo inteiro.

Dior

É uma construção imponente, seus 4 andares de alturas irregulares parecem na verdade 8. O prédio  é dividido entre andares de loja e espaços utilitários para  shows e eventos diversos.

As grandes placas que externas da fachada  são de vidro e com acrílico por dentro resultando em  uma atmosfera suave . Essa dualidade dos revestimentos permite que o vendo circule ao redor do edifício

O projeto é assinado pelo escritório SANAA dos premiados arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa.

Gyre

Ao lado do prédio retangular da Dior, fica o Gyre.

Muito diferente do projeto vizinho, esse edifício é composto por  módulos em diferentes sentidos, terraços e áreas internas com grandes janelas de vidro que trazem uma ideia de movimento.

Literalmente, aliás, o nome “Gyre” vem de girar ou seja, torcido ou espiral.

Uma grande sacada do projeto é que seus vários “blocos” permitem uma grande flexibilidade interna sem alteração da fachada externa.

O projeto é assinado pelo escritório holandês MVRDV, fundado em 1993 em Roterdam.

Prédio da tod

O prédio é em formato de L com uma fachada que envolve o prédio com suportes de concreto se entrecruzando com o vidro em várias direções e formas, estrutura inspirada na natureza, em figuras como a rede que se forma a partir dos galhos de árvores da calçada da rua.

O projeto é assinado pelo arquiteto Toyo Ito, quem, com esse projeto, foi premiado em 2013 com o Pritzker, um dos maiores prêmios da arquitetura contemporânea.

Prada

Essa é a loja principal da Prada no Japão. É um prédio de seis andares e cinco  fachadas  composta  por vidros tridimensionais em formato de diamante, o que traz uma visão de fascínio e conforto ao olhar e a  experiência é ainda mais impressionante para quem esta no interior da loja.

Esses painéis são descritos por Herzog, um de seus criadores, como “um dispositivo óptico interativo”, pois a curvatura do vidro “parece se mover conforme você anda ao redor dele. Isso cria consciência sobre a mercadoria e a cidade – há um intenso diálogo entre os atores”, segundo o arquiteto, para o qual, a vista da cidade é tão importante quanto a mercadoria que está sendo adquirida.

O projeto é assinado pelo escritório suíço Herzog & Meuron, também ganhadores do Prêmio Pritzker.

Cartier

Uma construção um pouco menos inovadora do que seus vizinhos, o prédio da Cartier, ainda assim chama a atenção pelas grandes janelas de vidro nos dois andares dessa loja de esquina.

O projeto é assinado por Bruno Moinard e Jun Mitsu & Associados.

Hugo Boss

A loja da marca alemã traz um formato peculiar: a construção lembra  torres de castelos com sua forma circular e muito alta que mescla colunas de concreto na diagonal com janelas de vidro que impressionam.

O projeto é assinado pelo renomado arquiteto japonês Norihiko Dan, conhecido por suas estruturas que desafiam a gravidade.

Sunny Hill

Externamente, é possível ver várias estruturas de madeira (hinoki, cipreste japonês) que constituem a fachada dessa loja taiwanesa de sobremesas, porém internamente grandes placas de vidro propiciam uma melhor visibilidade, iluminação e  conforto ao cliente e visitante.

Mais de 5.000 metros de faixas de hinoki foram usadas nessa incrível fachada entrecruzada!

O projeto é assinado pelo famoso arquiteto Kengo Kuma.

COACH

O prédio dessa loja de acessórios conta com uma fachada se constitui de vários boxes modulares de vidro que formam uma espécie de mosaico cristalino.

O projeto foi assinado pelo escritório OMA, que usa e abusa das qualidades do vidro como aliado em seus projetos.

Tokyu plaza

Uma das construções mais impressionantes da Omotesando é a entrada do shopping Tokyu Plaza.

O prédio mescla longas vitrines de vidro com terraços muito interessantes, mas a parte mais impressionante dessa construção é a escada da entradacercada por uma sequência de espelhos que formam uma espécie de caleidoscópio gigante interagindo com os frequentadores.

E, é claro, é o ponto mais instagramável da rua.

O projeto é assinado pelo arquiteto Hiroshi Nakamura e NAP, que assinam projetos incríveis no mundo inteiro.

 

Como vimos , o vidro  ajuda a construir projetos cada vez mais ousados e marcantes, valorizando tanto o interior quanto o exterior das edificações!

Conte-nos qual foi o seu projeto favorito?

por:

VIDRO CERTO

Referências:

https://arquitecturaviva.com/works/edificio-dior-en-omotesando-tokio-0

https://architecturetokyo.wordpress.com/2017/06/18/2003-dior-omotesando-sanaa/

https://www.gotokyo.org/en/destinations/western-tokyo/aoyama-and-omotesando/index.html

Omotesando – The World’s Best Outdoor Modern Architecture Museum

https://www.amusingplanet.com/2015/02/the-architectural-grandeur-of.html

https://showcase-tokyo.com/2021/07/13/omotesando-architecture-walk-glasses-english/

https://www.mvrdv.nl/projects/105/gyre

https://whenin.tokyo/SunnyHills-Aoyama

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O vidro nos Hospitais

O Vidro nos Hospitais

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A importância da luz para a saúde

Tempo de leitura: 5 minutos

Você provavelmente já ouviu falar da importância da luz solar na nossa vida, mas você sabia que o acesso à luz natural pode ajudar no tratamento de pacientes internados?

Além das observações populares, alguns estudos realizados por pesquisadores constataram que pacientes internados com maior acesso à luz natural tiveram uma redução significativa em seus tempos de internação.

Em 2006, um estudo realizado pela Ph.D. Anjali Joseph com financiamento da Robert Wood Johnson Foundation, na Califórnia, concluiu que a exposição adequada à luz é essencial para a saúde e bem-estar tanto dos pacientes internados quanto para os profissionais da saúde que os acompanham.

Nesse estudo, os pesquisadores puderam observar que os pacientes com enfarto do miocárdio acompanhados em tratamento ficavam em média 2,3 dias internados em quartos claros enquanto pacientes internados em quartos escuros aumentavam essa média ara 3,3 dias internados.

Outro estudo, de 2014 realizado na Inglaterra pelo prof. Dr. David Strong também observou o mesmo padrão revisando outros estudos independentes: uma correlação entre o acesso o paciente à luz natural e uma redução considerável no seu tempo de internação no hospital, com recuperação pós-operatória mais rápida além do fato de que esses pacientes fizeram menos uso de medicamentos analgésicos.

Um terceiro estudo realizado em dois hospitais de Seul, na Coréia do Sul pelos pesquisadores Ju-Yoon Lee e Kyoo-Dong Song, constatou que os pacientes internados nas alas sul, com maior incidência de luz solar, puderam se recuperar mais rápido do que os pacientes que ficaram em recuperação nas alas norte, onde a incidência de luz solar era menor durante os dias.

As diferenças observadas entre a recuperação dos pacientes nas alas variam de acordo com cada motivo de internação, mas as médias dos hospitais demonstraram que os pacientes se recuperaram em média, entre 8% e 19,84% mais rápido nas alas com maior incidência de luz solar!

Com essas observações, os três estudos apontam para a importância da arquitetura hospitalar e da incidência de luz solar na recuperação dos pacientes, o que tem implicações variadas, tanto na parte financeira para o próprio hospital diminuindo os custos de internação, quanto os inúmeros benefícios de saúde observados no paciente.

E como parte essencial da arquitetura de um modo geral (e agora, como você sabe, também da arquitetura hospitalar!), o vidro pode trazer ainda mais benefícios para o hospital e as pessoas que por ele circulam!

Listamos abaixo algumas das diferentes aplicações e variedades de vidro que podem ser aliadas ao bem-estar e arquitetura hospitalar:

APLICAÇÕES

Banner mostrando o hospital Moriah em São Paulo com sua cúpula central feita de vidro.

Em Fachadas

O vidro traz diversas qualidades para a fachada de hospitais, não só iluminação natural, veja a seguir algumas outras que listamos:

• Iluminação natural – já observada cientificamente, auxilia na recuperação do paciente e no bem-estar dos funcionários

• Estética – o vidro transmite modernidade e elegância, passando confiança aos pacientes e familiares

• Eficiência energética – com maior incidência de luz natural, a necessidade de luzes artificiais cai e ambientes de uso comum acabam economizando energia.

• Sensação de amplitude – a aplicação de vidro nos ambientes traz uma sensação de amplitude para ambientes menores e, conforme o vidro escolhido, não deixa de trazer privacidade

• Isolamento acústico – o vidro ajuda a isolar acusticamente os ambientes, contribuindo para maior privacidade dos pacientes e seus familiares.

• Conforto – o uso de vidro nos quatros e salas de hospitais, como visto acima, traz maior amplitude de visão, iluminação natural e uma sensação de liberdade e segurança ao poder se ver o céu, o que traz uma sensação de maior conforto ao paciente e seus familiares

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SEGURANÇA

O uso de vidros de segurança temperados e laminados em ambientes de grande circulação ou onde possa haver impacto de pessoas como em escadas, sacadas, elevadores e passadiços trazem maior segurança para quem circula no hospital sem que percamos a elegância e o conforto do projeto arquitetônico.

PRIVACIDADE

Existem muitos modelos de vidros que podem ajudar na privacidade do paciente e dos trabalhadores. Inclusive, trazemos uma tecnologia muito interessante para os momentos necessários.

• Os vidros eletrocrômicos – possuem tecnologia que possibilita interagir com a corrente elétrica através de condutores e assim mudar de cor ou continuar transparente como em seu estado natural – podem trazer privacidade nos momentos em que são necessários, pois mudam sua transparência e cor com o tocar de um interruptor ou até mesmo ligado à incidência de luz natural que recebe (se programado para isso, claro)

• Isolamento acústico – vidros laminados ou insulados permitem a redução de som entre ambientes sem perder a visibilidade nem a sensação de amplitude e acesso à luz natural que são tão benéficos.

HIGIENE

Por ser liso e inerte, o vidro facilita a limpeza e higienização dos ambientes hospitalares, sendo uma ótima solução para portas e revestimentos de paredes de modo geral.

Como você pode ver acima, são inúmeros os ganhos de pacientes e toda a equipe hospitalar quando o hospital é bem iluminado e recebe raios solares! E para manter tanto a elegância, privacidade e saúde, o vidro é o melhor aliado dos arquitetos e equipe hospitalar!

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VIDRO CERTO

Referências:

The Impact of Light on Outcomes in Healthcare Settings. Anjali Joseph, Ph.D, disponível em: https://bit.ly/3djGZW8

Daylight benefits int healthcare buildings. Prof. DTG Strong, disponível em:  https://bit.ly/3dld28j

The Daylighting Effects in Hospital for Healing Patients. Ju-Yoon Lee e Kyoo-Dong Song, disponível em: https://bit.ly/2Q50hG0

 

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Arquitetura Projetos

Palácio de Versailles

Palácio de Versalhes

Uma obra atemporal que homenageia o vidro

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VIDRO CERTO

A Galeria dos Espelhos de Versalhes

Tempo de leitura: 5 minutos

Este é o primeiro post da série O Vidro construindo a História, na qual você conhecerá grandes obras arquitetônicas que fazem parte da História da humanidade e como o vidro contribuiu para a imponência da sua construção.

O PALÁCIO

Versalhes era uma aldeia rural no século XVII, mas hoje com o crescimento de Paris, é considerada área do subúrbio de Paris. Foi o centro do poder do Antigo Regime na França graças ao seu palácio.

O Castelo de Versalhes era um simples castelo de caça construído pelo rei Luís XIII, mas passou a ser reformado e ampliado no reinado do seu sucessor, rei Luís XIV.

O projeto foi pensado pelo arquiteto Louis Le Vau para que o castelo se tornasse um centro da Corte Real, para assim centralizar também os poderes além das pessoas.

Houve quatro campanhas para construção do Palácio de Versalhes, cada uma focando em uma parte do palácio e ao término das guerras do rei.

O palácio serviu de moradia real de 1682 até a volta forçada da família real para Paris em 1789

A Galeria dos Espelhos

A Galerie des Glaces, como é conhecida em francês, tem esse nome graças a sua principal característica: ela possui 17 arcos recobertos por espelhos que refletem as 17 janelas também em arco que dão para o jardim. Cada arco contém 21 espelhos, totalizando o surpreendente montante de 357 espelhos utilizados na decoração da galeria, algo que hoje já seria um deslumbre, mas no século XVII foi revolucionário.

Essa galeria tão única não fazia parte dos planos originais da construção do palácio: inicialmente o arquiteto Louis Le Vau havia projetado um grande terraço que separava o apartamento do rei do apartamento da rainha. Mas por ser um caminho muito aberto e exposto de um apartamento a outro, na terceira campanha de construção do palácio, já sob o comando do arquiteto Jules Hardouin Mansart, a construção da Galeria dos Espelhos se apropriou de três quartos de cada apartamento e do terraço para a sua construção.

A construção da Galeria dos Espelhos se deu de 1678 a 1684 e se propôs a manter uma atmosfera que desse a sensação de natureza, pois as 17 enormes janelas permitem a entrada da luz solar e a invasão da linda paisagem dos jardins de Versalhes.

No cotidiano do palácio, a Galeria servia obviamente para passagem, mas também de sala de espera, encontros e era frequentada por cortesãos e o público visitante do palácio, mas raramente era um espaço de cerimônias.

Apesar disso, é com muito orgulho que os franceses lembram que a Galeria dos Espelhos foi o local escolhido para a assinatura do Tratado de Versalhes, aquele que oficializou o final da I Guerra Mundial.

Juntamente ao projeto da Galeria dos Espelhos, foi realizada também a construção de dois salões: o Salão da Guerra e o Salão da Paz, ambos decorados com paredes de mármore e troféus que exaltam as vitórias militares.

Os espelhos

Um ponto importante se de ressaltar é que no século XVII, o espelho era um dos itens mais caros e Veneza tinha o seu monopólio de fabricação.

Mas, graças as suas dimensões enormes e à filosofia mercantilista que exigia que todos os objetos utilizados na decoração de Versalhes fossem fabricados na França, o vidreiro Jean-Baptiste Colbert teria contratado vários trabalhadores de Veneza para trazer a tecnologia e o conhecimento para fabricação dos espelhos na França.

Diz a lenda que Veneza não teria gostado nada disso e enviou espiões para envenenar os trabalhadores trazidos de Veneza.

Verdade ou não, sabemos que a técnica de manufatura de espelhos desenvolvida pelos trabalhadores de Colbert foi tão eficaz a França chegou a interditar as importações de espelhos venezianos!

A empresa de Colbert foi fundada por ele mesmo em 1665 sob o nome de Manufacture royale des glaces, posteriormente passou a chamar Saint-Gobain e assim é conhecida até hoje.

A restauração

A Galeria dos Espelhos já passou por muita coisa! Parte da sua mobília já foi empenhada para financiar guerras e o espaço chegou a ser completamente abandonada durante a Revolução Francesa.

Mas a partir do século XIX passou por algumas reformas pontuais até que em 2004, sob a direção de Frédéric Didier, arquiteto responsável pelos monumentos históricos franceses, a galeria passou por uma restauração completa que pode reforçar todos os espelhos e mobiliário do espaço.

Essa restauração permitiu dar vida nova a 70% dos espelhos originais, mas 30% teve que ser trocado por espelhos de época (mas não originais) devido à ação do tempo e restauros mal realizados anteriormente.

Essa teria sido a primeira restauração completa que a galeria recebeu desde a sua inauguração em 1684.

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