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Arquitetura Museus pelo Mundo

Museu Van Gogh

Série: Museus pelo Mundo

Museu Van Gogh

por:

Flávia Baldini

Tempo de leitura: 4 minutos

A ideia da criação de um museu para acomodar o acervo de obras do pintor Vincent van Gogh teve inicio quando seu espólio foi herdado pelo sobrinho do pintor que, juntamente com o governo dos Países Baixos, viu a importância de celebrar e expor a impressionante coleção.

A responsabilidade de projetar o edifício que abrigaria o Museu Van Gogh foi assumida pelo arquiteto holandês Gerrit Rietveld e seu colega J. van Dillen em 1963. Porém, após a morte de ambos, o projeto passou para as mãos de J. van Tricht, de quem recebeu pequenos ajustes ao design original sendo finalizado apenas em 1973.

Entre as demandas levantadas na concepção do projeto estavam a escala do museu em relação aos edifícios do entorno e um átrio principal com incidência de muita luz natural. Entre os principais destaques deste projeto estão a escada em balanço no centro do átrio e a progressiva diminuição da área de cada andar conforme se vai subindo pelo edifício, de modo a proporcionar a visão das galerias abaixo através do átrio principal.

            Assim como muitos museus pelo mundo, o crescente fluxo de visitantes fez com que o museu – e sua ala de exposições projetada em 1999 pelo arquiteto japonês Kisho Kurokawa – necessitasse de uma nova entrada que fosse capaz de originar um novo “todo” surpreendente e ao mesmo tempo se integrar à Museumplein – a Praça dos Museus – onde foi construída.

Projetada pelo escritório Kisho Kurokawa Architect & Associates, a nova entrada tem o vidro – duplo – como elemento construtivo principal, estando presente na fachada, cobertura e escadaria, e garante ao edifício o título de maior vão de vidro da Holanda e uma estrutura de aço inovadora para garantir a estabilidade da cobertura.

Com área total aproximada de 650 m2, a fachada é constituída por placas duplas de vidro laminadas dobradas a frio, onde suas formas foram moldadas in loco durante a instalação. A cobertura de 600 m2 possui formato de concha, ângulo de 16,5o e 30 aletas únicas em comprimento e com altura suficiente para evidenciar ainda mais a curvatura do telhado. Vista como elemento de design no edifício,  a escada de vidro é suportada por um vidro laminado triplo em arco que transfere as cargas elevadas e a estabiliza.

“Asseguramos que o novo hall de entrada seja claro e espaçoso. Queremos capturar a atmosfera ensolarada, o que vimos refletidas em muitas pinturas de Van Gogh. Desenvolvemos uma estrutura de suporte exclusiva para o telhado de vidro, que dificilmente será notada. Ao entrar no museu, você pensa: como todo esse edifício de vidro é suportado? E o que você experimenta é luz, espaço e uma visão geral. A clareza é extremamente importante, talvez o mais importante. As pessoas têm que perceber que um museu é um edifício público, onde todos os dias milhares de visitantes, muitos estrangeiros também, muitas vezes o vêm pela primeira vez. Precisamos fornecer clareza. Os visitantes não querem perder nada, eles precisam entender imediatamente qual caminho a percorrer, como é grande o museu e quanto tempo eles levarão para vê-lo. Quando eles se sentem em casa e à vontade, eles vão ficar por mais tempo e um dia voltarão”.

Fala do arquiteto Hans van Heeswijk.

por:

Flávia

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Arquitetura Museus pelo Mundo

Museu de Astronomia de Xangai

Série: Museus pelo Mundo

Museu de Astronomia de Xangai

por:

Flávia Baldini

Tempo de leitura: 4 minutos

Projetado pelo escritório Ennead Architects, o Shangai Astronomy Museum tem 38 mil metros quadrados e é uma filial do Museu de Ciência e Tecnologia de Xangai. Com o propósito de evidenciar os trabalhos e pesquisas da China, nos campos da astronomia e em projetos espaciais, o museu abriga exposições permanentes com instrumentos de exploração espacial, meteoritos e rochas vindos de Marte, da Lua e do asteroide Vesta, além de exposições temporárias. 

“Tomando como inspiração alguns princípios astronômicos, nossa estratégia de projeto oferece uma plataforma para a experiência do movimento orbital, utilizando-o como referência metafórica e gerador da forma” descrição feita pelo escritório Ennead Architects sobre o projeto.

O conceito do museu foi idealizado para representar o universo em um projeto que faz alusão às órbitas dos corpos celestes em um edifício com uma arquitetura de complexas formas curvas e nenhum ângulo ou linha reta, como é o cosmos. Cada uma das três formas principais do complexo, que representam a trajetória do sol, da lua e das estrelas, formam o Domo Invertido, a Esfera e o Oculus. 

Posicionado acima da entrada principal, o Oculus é uma abertura circular que permite a entrada da luminosidade formando um relógio solar para retratar a passagem do tempo, em especial a relação entre os movimentos da terra e do sol e as estações. Ao meio dia no solstício de verão, a luz forma um círculo completo que se alinha perfeitamente com a plataforma circular na praça de entrada do Museu. 

A Esfera que pende do telhado “suspensa” no centro do complexo abriga o Teatro Planetário e, à medida que se caminha pelo edifício, a esfera emerge gradualmente representando o nascer da Lua no horizonte da Terra. Visível de boa parte do edifício, ela é um ponto de referência sempre acompanhando os visitantes, um skyline contínuo em torno daquela permite a entrada da luz solar. 

E a estrutura de vidro na linha do telhado e acima do átrio central é o Domo Invertido, a terceira estrutura da obra que oferece aos visitantes uma experiência sob o céu diurno e noturno. O acesso ao local é feito através de uma rampa espiral de 720 graus de dentro do museu e debaixo da cúpula invertida que direciona o caminho dos visitantes ao longo das várias exposições do museu. 

“Parte do que estava impulsionando nosso pensamento ao desenvolver o design para o Museu de Astronomia de Xangai foi como poderíamos complementar o conteúdo da galeria e criar um edifício que tornasse as pessoas mais conscientes do céu acima – um edifício que não apenas abrigasse exposições sobre o espaço, mas coloque os visitantes em envolvimento direto com as estrelas“

Thomas J Wong, arquiteto do escritório Ennead Architects. 

por:

Flávia

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Arquitetura Museus pelo Mundo

Museu do Louvre, Paris-França

Série: Museus pelo Mundo

Museu do Louvre, Paris - França

por:

Flávia Baldini

Tempo de leitura: 7 minutos

Referência internacional tanto pela sua importante coleção de obras de arte como pela sua impressionante arquitetura, o Museu do Louvre possui dimensões monumentais e atrai milhares de visitantes todos os anos para visitar suas galerias e exposições diversas.

A controversa renovação do Museu do Louvre, juntamente com as diversas obras inovadoras e modernas de construções e renovações arquitetônicas da “Grande Operações de Arquitetura e Urbanismo” – como ficaram popularmente conhecidas as obras executadas naquele período – também foi idealizada pelo então presidente francês François Mitterrand que, em 1983, convidou o arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei para assumir o projeto de modernização do museu.

Pei tinha pela frente um grande desafio, resolver os problemas de acesso ao museu, criar novas áreas de apoio, ampliar o espaço de exposições disponível e criar uma integração que melhorasse a experiência dos visitantes no espaço. Além desse escopo, o projeto deveria alinhar toda a arquitetura medieval, renascentista, barroca e clássica do Louvre com um projeto moderno e de alta tecnologia.

A proposta de Pei foi criar uma nova entrada no Cour Napoléon marcada por uma grande pirâmide de vidro que impactasse o visitante no momento da chegada e fornecesse iluminação para todo o espaço subterrâneo que abrigaria além da recepção, áreas de apoio e galerias de acesso aos prédios do complexo – função essa exercida também pelas outras três pirâmides menores de vidro que circundam a pirâmide maior e compõe esta parte do projeto.

Inspirada nas proporções da Pirâmide de Quéops, mas em menor escala, a Pirâmide de Vidro do Louvre faz referência aos grandes construtores da história, ao mesmo tempo que representa o desenvolvimento de novas técnicas e materiais construtivos ao longo dos anos, trazendo uma grande estrutura de aço, alumínio e vidro.

Foram despendidos meses de pesquisa para o desenvolvimento de um vidro específico que atendesse as particularidades deste projeto, que exigia a redução dos óxidos de ferro e também da incidência da cor verde na transparência das chapas, resultando em um vidro extra claro para a obra. A fabricação destas chapas de vidro ficou sob responsabilidade da empresa francesa Saint-Gobain, que construiu um novo e moderno forno especialmente para este fim.

O vidro diamante, como foi nomeado pela Saint Gobain, trazia excelentes propriedades mecânicas, perfeita qualidade ótica e transparência igual à lentes de óculos. Se tratava de um vidro laminado extra claro com 21,52mm de espessura total, composto por duas chapas de vidro com quatro filmes de polivinil butiral para atender a especificação de um vidro de segurança necessário para a aplicação a qual se destinava.

Totalizando uma superfície de aproximadamente 1.800m2, a Grande Pirâmide do Louvre possui 673 placas de vidro, sendo 603 losangos – 2,9 x 1,9 m – e 70 triângulos equiláteros – base de 1,9m – e, se considerarmos as três pirâmides menores de vidro que compõe esta parte do projeto, o total de placas de vidro chega a 793, formando uma complexa configuração estrutural.

“Formalmente, é o mais compatível com a arquitetura do Louvre (…), é também uma das formas estruturalmente mais estáveis, garantindo sua transparência, uma vez que é construída de vidro e aço, significando uma ruptura com tradições arquitetônicas do passado. É um trabalho do nosso tempo.”
—I.M. Pei

Posteriormente, em 1993, foi inaugurada a segunda fase do projeto do Grande Louvre, um centro comercial subterrâneo construído em frente ao museu onde se encontra a quinta pirâmide de vidro do complexo, La Pyramide Inversée, ou Pirâmide Invertida.

Invisível vista do lado de fora, a Pirâmide Invertida é uma claraboia com uma estrutura de aço inoxidável e vidro laminado que, além da função de iluminação, marca a interseção das duas principais passagens de entrada para o museu. Com sua ponta suspensa 1,4m acima do nível do piso, a pirâmide faz contraponto à uma pirâmide menor em pedra posicionada logo abaixo dela e quase se tocam.

Em 1995 o projeto foi finalista do Prêmio Benedictus sendo descrito pelo júri como “uma notável anti-estrutura… um uso simbólico da tecnologia… uma peça de escultura. A pirâmide foi concebida como um objeto, mas é um objeto para transmitir luz.”

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Flávia

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Arquitetura Projetos

Arquitetura do bem-estar e o vidro

Arquitetura do bem-estar e o vidro

Você já ouviu falar disso?

por:

Flávia

Tempo de leitura: 3 minutos

Desde o inicio da pandemia da covid 19 a discussão a respeito da qualidade de vida e saúde mental das pessoas se intensificou e tem mostrado a importância de falarmos e cuidarmos desses aspectos no nosso cotidiano. Alinhado a isso, ganhou força o conceito de arquitetura do bem-estar. E aí, você já ouviu falar disso?

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A privação do nosso “viver em sociedade” de forma presencial nos fez questionar a qualidade dos espaços ao nosso redor. Durante toda a pandemia estivemos mais sozinhos, seja no trabalho home office ou durante os períodos de descanso que foram restringidos às nossas próprias casas na maior parte do tempo e isso nos fez olhar mais para o ambiente ao nosso redor e questioná-lo.

Perguntas como: “Como ele faz eu me sentir?”; “Gosto de trabalhar aqui?”; “Os móveis são adequados e confortáveis?”; “A iluminação é boa?”; “A ventilação suficiente?”; “É silencioso para que eu possa me concentrar no meu trabalho?”, “Esse ambiente ajuda a me conectar com o meu entorno?” entre tantas outras. E todas elas dizem respeito à arquitetura do bem-estar!

As pessoas são seres estimulados pelos sentidos, e como tais, a percepção dos ambientes influenciam diretamente no nosso bem-estar e por isso se pensar a arquitetura à partir deste princípio é tão importante nos dias de hoje. A arquitetura do bem-estar busca trazer aos ambientes as melhores qualidades em conforto estético, luminoso, térmico e acústico e, nesse interim, o vidro vem fazer lindamente seu papel!

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O vidro pode desde proporcionar a integração entre os ambientes interno e externo quando usada a sua versão translúcida, colorida ou não; permitir a entrada de luz natural na medida que atenda a solicitação do projeto arquitetônico, levando em consideração o uso do espaço e a orientação solar da face em questão, usando vidros refletivos, texturizados ou pintados; regular a passagem de calor que normalmente viria dessa luminosidade especificando um vidro de controle solar, um vidro low-e ou a combinação de ambos, que resulta em um uso mais consciente e equilibrado dos sistemas de refrigeração e economia de energia; diminuir a passagem de barulhos entre os ambientes, fazendo mão do uso de um vidro insulado para um melhor desempenho acústico.

Saber entender o espaço para poder projetá-lo corretamente de modo que este atenda os seus usuários da melhor forma possível envolver além de entender os seus usos, entender e especificar seus materiais construtivos da forma certa, e isso inclui saber fazer a especificação do vidro certo!

por:

Flávia

Leia também!

Novas formas
de morar

A pandemia do coronavírus trouxe inúmeras mudanças para a vida de todas as pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas mudanças já estavam em curso e foram apenas adiantadas.

Neuroarquitetura e o Vidro!

A neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Sabe-se que os primeiros padrões de escolha são formados ainda na primeira infância. De um modo geral tudo está correlacionado.

Os benefícios do vidro!

O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

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Arquitetura Projetos Tipos de Vidro

Privacidade e o vidro

Privacidade e o vidro

Como o vidro pode aproximar o mundo e garantir sua privacidade

por:

Rebeca Guimarães

Tempo de leitura: 5 minutos

O vidro sempre esteve muito ligado a alguns atributos que enfatizam a sua principal característica: transparência. Ele nos possibilita contato com o externo, luz, natural, traz a natureza para perto, amplia espaços e conecta as pessoas em um mesmo ambiente.

Durante muito tempo, a única forma de ter todas essas qualidades que o vidro proporciona e, ao mesmo tempo, garantir privacidade em certos momentos, se dava com a utilização de elementos adicionais, tais como, cortinas, persianas e brises.

Com o advento de novas tecnologias, a indústria de vidro trouxe diversas soluções que garantem a privacidade sem abrir mão de todos os benefícios proporcionados pelo material mais incrível que conhecemos!

Banner mostrando um homem lendo em uma mesa ao lado de uma parede de janelas de vidro com aparência opaca.

Vidro Translúcido

Este estilo de vidro tem uma aparência fosca e é produzido por jateamento de areia ou gravação com ácido em chapa de vidro transparente. Ao criar uma superfície marcada em um lado do painel, a luz é espalhada e difundida. O efeito é que desfoca as imagens enquanto ainda permite a passagem da luz.

O vidro translúcido é muito utilizado em divisórias de duchas, portas de banheiros, roupeiros e até na criação de pequenos espaços de leitura em varandas e sacadas.

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Vidro Texturizado

Como o nome indica, o vidro texturizado tem uma superfície texturizada. O desenho ou padrão é gravado na chapa de vidro. Ele se enquadra na categoria de privacidade e vidro decorativo devido à gravura do design.O design no vidro texturizado difunde a luz e deforma a visão interna. A sensação decorativa do vidro texturizado é uma qualidade adicional. Assim, é utilizado para complementar o interior e proporcionar uma melhor privacidade. O vidro texturizado vem em uma ampla variedade de designs e padrões.

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Vidro Colorido

O vidro colorido é na verdade um vidro cristalino no qual uma tonalidade é adicionada para torná-lo opaco. Como o vidro texturizado, o vidro colorido também é usado como vidro decorativo. Diferentes opções de cores tornam o vidro colorido uma adição estética ao interior. O valor de privacidade aumenta com o conteúdo de cor. Quanto maior a tonalidade em uma chapa de vidro, melhor é sua capacidade de bloquear a visão. Da mesma forma, tons mais escuros são mais eficazes para reforçar a privacidade em comparação com tons mais claros. O vidro escurecido dá uma aparência dramática ao interior e serve como ponto focal.

Vidro Serigrafado

O vidro serigrafado é um tipo especial de vidro decorativo feito pela impressão de uma camada de tinta cerâmica na superfície do vidro através da malha da tela para o processo de têmpera ou fortalecimento térmico depois. Como resultado, o vidro serigrafado é durável, à prova de riscos, proteção solar e com efeito anti-reflexo. Seus recursos resistentes a ácidos e umidade mantêm as cores por décadas e as opções de cores e gráficos são inúmeras para os mais diversos usos no design de interiores. Além de todos esses benefícios, o vidro serigrafado também pode atender demandas no sentido de garantir a privacidade de seus usuários.

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Vidro Polarizado ou Inteligente

O vidro polarizado é uma solução de vidro elétrico que permite privacidade controlável através de uma unidade de vidro, transformando uma chapa de vidro translúcida em transparente instantaneamente.Dois filmes de PET são revestidos com um depósito de metal transparente e laminados juntos com uma fina camada de cristais líquidos entre eles. Este filme é então colocado entre duas camadas de EVA e laminado entre duas peças de vidro temperado.Quando uma corrente elétrica passa pelo filme entre as camadas intermediárias, todos os cristais líquidos dentro do filme se alinham, transformando o vidro de translúcido em transparente.Esta tecnologia de vidro comutável permite que o usuário gerencie a transparência através de uma elevação de vidro sob demanda, eliminando a necessidade de cortinas e persianas tradicionais.Essa solução é muito utilizada em espaços corporativos.

por:

Rebeca Guimarães

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Novas formas
de morar

A pandemia do coronavírus trouxe inúmeras mudanças para a vida de todas as pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas mudanças já estavam em curso e foram apenas adiantadas.

Neuroarquitetura e o Vidro!

A neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Sabe-se que os primeiros padrões de escolha são formados ainda na primeira infância. De um modo geral tudo está correlacionado.

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O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

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Arquitetura

Novas formas de morar

Novos jeitos de morar

Tendências, mudanças e o que mais esperar...

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VIDRO CERTO

Tempo de leitura: 5 minutos

 A pandemia do coronavírus trouxe inúmeras mudanças para a vida de todas as pessoas ao redor do mundo. Muitas dessas mudanças já estavam em curso e foram apenas adiantadas.

Percebemos o crescimento do modelo de ensino à distância, a adoção do regime remoto e híbrido de trabalho, a popularização de compras por internet, de todos os tipos de bens de consumo e o aumento exponencial do mercado de entregas, principalmente refeições.

Essas mudanças também influenciaram na maneira como as pessoas moram e nos desejos de uma nova geração que nasceu acostumada com os conceitos de economia circular, vida nômade e compartilhamento de bens e espaços.

O vidro também faz parte dessa revolução.

Com as cidades se tornando mais densas e os terrenos se tornando raros e caros, os arquitetos são desafiados a projetar ambientes eficientes e acolhedores em espaços cada vez menores. Embora projetar dentro desse parâmetro possa ser difícil, eles exigem uma resposta individual e sensível, que levam a resultados arrojados, divertidos e até inspiradores.

Em espaços exíguos, o vidro se torna uma excelente opção para dar sensação de amplitude, conforto e leveza. Uma das tendências para esse tipo de espaço são as paredes de vidro ou espelhos.

A geração dos adultos nascidos a partir da década de 90 tende a mostrar desapego a bens materiais, isso se deve a muitos fatores: busca pela sustentabilidade, vida mais instável com mudanças constantes de emprego e locais para morar, aumentos dos preços de imóveis e juventude tardia por conta de uma maior expectativa de vida.

Todos esses elementos contribuíram para soluções inovadoras utilizando conceitos não tão novos assim.

Dois exemplos que podemos mencionar, pelo crescimento exponencial nos últimos tempos, são as moradias por assinatura e o coliving, uma espécie de vida em república estudantil com menos barulho e mais luxos.

Em ambos os casos, a aplicação do vidro como material de destaque tem sido fortemente utilizada.

Janelas amplas são um alívio (respiro) em um local habitado por pessoas com diferentes estilos e maneiras de viver. Em espaços comuns em uma moradia compartilhada, os vidros servem para separar espaços sem afastar as pessoas.

Em apartamentos por assinatura, muito utilizados por pessoas que mudam com frequência, seja por trabalho ou estilo nômade de vida, o contato com o exterior apresenta um olhar diferente sobre a cidade escolhida, a proximidade com um local ainda a ser desbravado, e no design interior a tão desejada amplitude de um local que na maioria das vezes é bastante compacto(25 a 35m2 em média). Nesses espaços até os eletrodomésticos são adaptados, um cooktop se torna muito mais interessante do que um fogão de piso.

Mas não vamos falar apenas dos millenials e da geração Z.

Nos últimos anos, com o trabalho remoto sendo cada vez mais adotado, muitas pessoas resolveram fazer reformas em suas casas ajustando ambientes para este novo uso. Um dado interessante foi o crescimento de 25% do volume de vendas do mercado de construção.

O fator reclusão (causado pela pandemia) fez com que famílias e indivíduos percebessem a necessidade de uma casa com mais conforto, com um espaço de trabalho projetado corretamente e a melhoria naquela varanda que estava esquecida desde a compra do imóvel.

E mais uma vez o vidro se torna protagonista também nessas reformas.

Conforto térmico e acústico, economia, pelo uso da luz natural, versatilidade e beleza e facilidade de limpeza tornam o material a melhor escolha dentre várias disponíveis.

Sejam bem-vindos a Era do Vidro!

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VIDRO CERTO

Leia também!

Neuroarquitetura e o Vidro!

A neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Sabe-se que os primeiros padrões de escolha são formados ainda na primeira infância. De um modo geral tudo está correlacionado.

Os benefícios do vidro!

O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

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Arquitetura Projetos

Os Vidros do Palácio de Versailles

Os Vidros do Palácio de Versailles

Uma obra atemporal que homenageia o vidro

por:

VIDRO CERTO

A Galeria dos Espelhos de Versalhes

Tempo de leitura: 5 minutos

Este é o primeiro post da série O Vidro construindo a História, na qual você conhecerá grandes obras arquitetônicas que fazem parte da História da humanidade e como o vidro contribuiu para a imponência da sua construção.

O Palácio

Versalhes era uma aldeia rural no século XVII, mas hoje com o crescimento de Paris, é considerada área do subúrbio de Paris. Foi o centro do poder do Antigo Regime na França graças ao seu palácio.

O Castelo de Versalhes era um simples castelo de caça construído pelo rei Luís XIII, mas passou a ser reformado e ampliado no reinado do seu sucessor, rei Luís XIV.

O projeto foi pensado pelo arquiteto Louis Le Vau para que o castelo se tornasse um centro da Corte Real, para assim centralizar também os poderes além das pessoas.

Houve quatro campanhas para construção do Palácio de Versalhes, cada uma focando em uma parte do palácio e ao término das guerras do rei.

O palácio serviu de moradia real de 1682 até a volta forçada da família real para Paris em 1789

O palácio Rural de Weston Park é um dos projetos que acreditam ser de Lady Elizabeth Wilbraham

A Galeria dos Espelhos

A Galerie des Glaces, como é conhecida em francês, tem esse nome graças a sua principal característica: ela possui 17 arcos recobertos por espelhos que refletem as 17 janelas também em arco que dão para o jardim. Cada arco contém 21 espelhos, totalizando o surpreendente montante de 357 espelhos utilizados na decoração da galeria, algo que hoje já seria um deslumbre, mas no século XVII foi revolucionário.

Essa galeria tão única não fazia parte dos planos originais da construção do palácio: inicialmente o arquiteto Louis Le Vau havia projetado um grande terraço que separava o apartamento do rei do apartamento da rainha. Mas por ser um caminho muito aberto e exposto de um apartamento a outro, na terceira campanha de construção do palácio, já sob o comando do arquiteto Jules Hardouin Mansart, a construção da Galeria dos Espelhos se apropriou de três quartos de cada apartamento e do terraço para a sua construção.

A construção da Galeria dos Espelhos se deu de 1678 a 1684 e se propôs a manter uma atmosfera que desse a sensação de natureza, pois as 17 enormes janelas permitem a entrada da luz solar e a invasão da linda paisagem dos jardins de Versalhes.

No cotidiano do palácio, a Galeria servia obviamente para passagem, mas também de sala de espera, encontros e era frequentada por cortesãos e o público visitante do palácio, mas raramente era um espaço de cerimônias.

Apesar disso, é com muito orgulho que os franceses lembram que a Galeria dos Espelhos foi o local escolhido para a assinatura do Tratado de Versalhes, aquele que oficializou o final da I Guerra Mundial.

Juntamente ao projeto da Galeria dos Espelhos, foi realizada também a construção de dois salões: o Salão da Guerra e o Salão da Paz, ambos decorados com paredes de mármore e troféus que exaltam as vitórias militares.

Os Espelhos

Um ponto importante se de ressaltar é que no século XVII, o espelho era um dos itens mais caros e Veneza tinha o seu monopólio de fabricação.

Mas, graças as suas dimensões enormes e à filosofia mercantilista que exigia que todos os objetos utilizados na decoração de Versalhes fossem fabricados na França, o vidreiro Jean-Baptiste Colbert teria contratado vários trabalhadores de Veneza para trazer a tecnologia e o conhecimento para fabricação dos espelhos na França.

Diz a lenda que Veneza não teria gostado nada disso e enviou espiões para envenenar os trabalhadores trazidos de Veneza.

Verdade ou não, sabemos que a técnica de manufatura de espelhos desenvolvida pelos trabalhadores de Colbert foi tão eficaz a França chegou a interditar as importações de espelhos venezianos!

A empresa de Colbert foi fundada por ele mesmo em 1665 sob o nome de Manufacture royale des glaces, posteriormente passou a chamar Saint-Gobain e assim é conhecida até hoje.

A Restauração

A Galeria dos Espelhos já passou por muita coisa! Parte da sua mobília já foi empenhada para financiar guerras e o espaço chegou a ser completamente abandonada durante a Revolução Francesa.

Mas a partir do século XIX passou por algumas reformas pontuais até que em 2004, sob a direção de Frédéric Didier, arquiteto responsável pelos monumentos históricos franceses, a galeria passou por uma restauração completa que pode reforçar todos os espelhos e mobiliário do espaço.

Essa restauração permitiu dar vida nova a 70% dos espelhos originais, mas 30% teve que ser trocado por espelhos de época (mas não originais) devido à ação do tempo e restauros mal realizados anteriormente.

Essa teria sido a primeira restauração completa que a galeria recebeu desde a sua inauguração em 1684.

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VIDRO CERTO

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Arquitetura Projetos

Fachada amiga dos pássaros

Fachada amiga dos pássaros

Como reduzir colisões

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VIDRO CERTO

Tempo de leitura: 10 minutos

Você já ouviu falar em colisões de pássaros em edifícios? Pode até ser que você tenha presenciado um pequeno pássaro bater na janela da sua casa ou na fachada envidraçada do seu local de trabalho. A verdade é que isso acontece há muito tempo e, felizmente, é um tema que vem ganhando destaque entre especialistas de diversas áreas. Biólogos, veterinários, arquitetos, políticos, construtores e, naturalmente, nas indústrias de materiais.

O desejo de estar conectado com o exterior, usufruir de iluminação natural, dentre outros benefícios proporcionados pelo vidro, podem e devem estar em harmonia com a natureza, em especial com a segurança dos pássaros.

É sabido que, em muitos casos, as colisões de pássaros em vidros ocorrem pelo animal não perceber o material, devido a sua transparência ou ser atraído pelo reflexo de ambientes naturais (árvores, fontes de água ou alimento), nas áreas envidraçadas ou mesmo pela reflexão do céu. A luz artificial de ambientes internos também é problemática para algumas espécies.


No Brasil temos poucas pesquisas sobre as colisões de pássaros com edificações, mas baseados em documentos internacionais, grupos de pesquisadores e interessados começam a discutir e estudar soluções mais adequadas para o país; avaliando a interferência do clima, as particularidades das espécies de aves brasileiras, nossa arquitetura e possíveis caminhos normativo/legislativo.


Não há dúvidas que o vidro oferece inúmeros benefícios não encontrados em outros materiais: o bem-estar gerado pela luz natural, sensação de amplitude, contato com o exterior e até mesmo ganhos para a saúde. 
Na arquitetura, o vidro possibilita muitas soluções estéticas, além de proporcionar segurança, conforto térmico e acústico aos usuários da edificação.

Diante desse cenário devemos conciliar os benefícios ao ser humano e evitar os acidentes com as aves, assim elencamos algumas sugestões de mitigação de colisões de pássaros em vidro:

Ao projetar uma construção, procure avaliar o seu entorno e saber se é uma área de habitação de aves. Evite que o reflexo no vidro atraia os pássaros. Vidros com baixa reflexão são sempre mais recomendados e posicionando de forma a não refletir a vegetação ainda melhor;

Arco

Evitar vãos com transparência ou reflexo que pareçam passagens naturais. 

Atenção com quinas de edifícios de vidro, são locais que merecem atenção pois os pássaros podem não perceber o vidro

Guarda-corpos e
muros de vidro...

 também devem ser pensados utilizando padrões que os pássaros consigam enxergar. Recomendamos usar a película da laminação com padrões ou serigrafia a quente pois não precisam de manutenção.

Outras opções possíveis de design da fachada seriam a instalação de brises, que podem ser de vidro ou não e cobogós.

Brises de vidro. Fonte: Galeria da Arquitetura

Cobogós. Fonte: Galeria da Arquitetura

 

Ainda durante o projeto é fundamental pensar na especificação de vidros, pois caso não seja feita, além de aumentar as chances de colisão, é bem difícil que após a finalização da obra, os vidros sejam trocados. Existem diversas opções para os vidros a serem instalados:

  • Vidro serigrafado – é uma solução definitiva. Deve-se sempre usá-lo na face 1 (exterior) para que o reflexo do vidro não interfira na visão da serigrafia, não deixando áreas transparentes maiores que 5cm x 10cm.
  • Vidro texturizado – possui textura na sua massa, o que aumenta a sua visibilidade e diminui a transparência;
  • Vidro acidato – (tratamento à base de ácido), pode também ter um desenho ou ser totalmente fosco;
  • Vidro com coating UV (UV coated glass) – sem interferência visual para o ser humano, porém com barreira para as aves.

Vidro texturizado. Fonte: Galeria da Arquitetura 

 

 

Vale ressaltar que pesquisas concluíram que adesivos com formato de pássaros não foram eficazes na mitigação de colisões. Por outro lado, a colocação de árvores/plantas próximas às áreas envidraçadas, pelo lado de fora, pode ajudar a evitar as colisões pois os pássaros tendem a parar nestas árvores não se aproximando do vidro. O ideal é que fiquem a menos de 1 metro dos vidros.

Para construções prontas, caso não seja possível a troca do vidro, podemos considerar a aplicação de películas. Fique atento ao espaçamento entre os elementos decorativos, pois ele deve ser limitado a 5 centímetros.

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VIDRO CERTO

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Neuroarquitetura e o Vidro

Neuroarquitetura
e o Vidro

A neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Sabe-se que os primeiros padrões de escolha são formados ainda na primeira infância. De um modo geral tudo está correlacionado.

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VIDRO CERTO e GRAZIELLA AGUIAR

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O vidro é um dos elementos que vêm ganhando espaço nas construções, pela sociedade reconhecer seus diversos benefícios, mesmo sendo algumas vezes de forma empírica onde preferimos o vidro sem saber explicar exatamente os motivos que nos levam a esta preferência.

Neste documento vamos focar o uso em edificações, mas o vidro usado em vasilhames e utensílios também se diferencia de outros produtos, por prover sensações únicas para os usuários.

Veja: Vidro para vidrados no mundo https://www.youtube.com/watch?v=8bwGpiGmI4Y&t=5s

Para saber mais sobre Neuroarquitetura conversamos com a Graziella Aguiar, arquiteta e professora do curso de Neurociência e Arquitetura na Faculdade Bellas Artes de São Paulo. 

1. Como a Neuroarquitetura está diretamente ligada aos 5 sentidos? 

Costumo dizer que o sistema sensorial é o nosso radar. São os nossos sentidos que coletam todas as informações do ambiente que estamos para que nosso cérebro as analise e prepare uma resposta ou ação adequada. 

De maneira geral, nossos sentidos nos conectam com o mundo que habitamos, e a neurociência está interessada em desvendar os comportamentos resultantes dessa interação entre o homem e o espaço que vive. 

2. Por que aplicar a Neuroarquitetura na concepção dos projetos? 

A arquitetura coleta na neurociência informações para melhorar a experiência do seu usuário. Ou seja, a partir do conhecimento dos estímulos que o ambiente causa no indivíduo, o projeto passa a ter um propósito que vai além da interação primária, o arquiteto que projeta consciente dos efeitos que o projeto causa no usuário, está interessado não somente no bem-estar instantâneo, mas como a experiência do ambiente ficará na memória do indivíduo. 

Ao escolher um material ou definir um layout, o arquiteto se preocupa em como seu cliente poderá se adaptar fisiologicamente melhor no espaço projetado. 

3. Você poderia dar algumas dicas para aplicar a Neuroarquitetura na decoração? 

Tento passar para meus alunos a importância de conhecer o indivíduo para quem projeta, saber como aquele organismo interage com o mundo, o que ele traz de sinais que mostram suas valências positivas ou negativas ao interagir com determinados estímulos. Principalmente, é importante entender quais são as memórias que trazem bem-estar e aquelas que o deixam desconfortável. Eu sempre indico começar pela análise cultural e territorial do usuário, que condições climáticas e sobre quais influências culturais esse indivíduo formou seus padrões e como seria possível atingir uma interpretação positiva do espaço experienciado. 

4. Você desenvolveu o curso Neurociência e Arquitetura. De onde surgiu essa ideia? 

Meu primeiro contato com a Neurociência aplicada na arquitetura foi em um debate informal com arquitetos nos EUA. Quando voltei para o Brasil, procurei saber mais sobre o assunto, tive grande influência de arquitetas que já aplicavam esses conceitos na arquitetura comercial e hospitalar, mas queria ainda uma ferramenta que também pudesse atingir a área residencial. Na época ainda não existia cursos sobre o assunto em São Paulo. Foi então que decidi fazer um mestrado para pesquisar sobre o tema. Durante o mestrado montei o curso como parte do meu programa de estudo e ofereci para a faculdade. Para minha grata surpresa, foi incluído na grade extracurricular. 

O vidro e a Neuroarquitetura

Com a neurociência nós entendemos que projetamos considerando os estímulos sensoriais que os materiais provocam no usuário.  

Todo usuário tem uma relação íntima com cada material, e de acordo com a sua experiência o julga bom ou ruim.  

O vidro, por exemplo é um material que pode nos ajudar na criação de uma atmosfera de bem-estar. Ele conecta o exterior ao interior, em aberturas por exemplo, que espalham as correntes de ar natural e garantem a luminosidade.  

Em termos históricos o vidro sempre foi um material considerado nobre e utilizado desde tempos remotos. Historiadores consideram que as primeiras janelas com o material datam de 3000 anos atrás. Já os primeiros vitrais surgiram na Europa no século X. A utilização dos vitrais por parte da Igreja Católica, para além de retratar passagens bíblicas, também servia para criar uma atmosfera de devoção, pelo fato de que a luz natural que adentrava nas catedrais simulava a presença de Deus.  

Nos dias atuais, com o desenvolvimento tecnológico, uma das principais preocupações da indústria vidreira, no geral, é a otimização do material em todos os tipos de utilização. Segurança, conforto térmico e acústico, estética e eficiência energética. Por ser um material cem por cento reciclável, a utilização em outros processos produtivos também faz parte da cadeia industrial.  

Ou seja, o vidro estimula a conexão com o passado, a performance do presente e a previsão de um futuro sustentável.  

por:

VIDRO CERTO e GRAZIELLA AGUIAR

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Categorias
Arquitetura Projetos

Omotesando: A rua de vidro

Omotesando: A rua de vidro

Passeie conosco para conhecer alguns dos prédios mais fabulosos do mundo.

por:

VIDRO CERTO

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O vidro oferece  formas para fachadas de edifícios incríveis em todo o mundo, mas essa avenida de Tóquio levou essa máxima para outro patamar. Omotesando é uma avenida de Harajuku (bairro de Tóquio). Apesar de repleta de árvores essa não é a principal atração o que realmente se destaca são os exemplos mais incríveis de arquitetura moderna que fizeram do vidro seu grande aliado chamando a atenção de turistas e amantes da arquitetura do mundo inteiro.

A avenida é o lar das construções incríveis que são um roteiro à parte na cidade. É possível encontrar projetos dos maiores escritórios de arquitetura do mundo que ousam com materiais diversos, mas sempre contando com todas as qualidades do vidro.

Audi Forum

O formato dessa construção é uma das que mais chama a atenção de quem passa. Também chamado de “iceberg”, esse prédio desafia a gravidade com pontas angulares que lembram muito o formato natural de um iceberg no meio da cidade e que cresce para o céu.

Essa tecnologia é chamada DPG (Dot Point Glazing ou spider glass), que permite a estruturação de uma fachada exterior sem uma estrutura externa ao vidro para sustentá-lo. É a mesma tecnologia usada na famosa pirâmide do Louvre, em Paris.

O projeto é assinado pelo escritório Creative Designers International, sediado em Tóquio, mas com projetos no mundo inteiro.

Dior

É uma construção imponente, seus 4 andares de alturas irregulares parecem na verdade 8. O prédio  é dividido entre andares de loja e espaços utilitários para  shows e eventos diversos.

As grandes placas que externas da fachada  são de vidro e com acrílico por dentro resultando em  uma atmosfera suave . Essa dualidade dos revestimentos permite que o vendo circule ao redor do edifício

O projeto é assinado pelo escritório SANAA dos premiados arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa.

Gyre

Ao lado do prédio retangular da Dior, fica o Gyre.

Muito diferente do projeto vizinho, esse edifício é composto por  módulos em diferentes sentidos, terraços e áreas internas com grandes janelas de vidro que trazem uma ideia de movimento.

Literalmente, aliás, o nome “Gyre” vem de girar ou seja, torcido ou espiral.

Uma grande sacada do projeto é que seus vários “blocos” permitem uma grande flexibilidade interna sem alteração da fachada externa.

O projeto é assinado pelo escritório holandês MVRDV, fundado em 1993 em Roterdam.

Prédio da tod

O prédio é em formato de L com uma fachada que envolve o prédio com suportes de concreto se entrecruzando com o vidro em várias direções e formas, estrutura inspirada na natureza, em figuras como a rede que se forma a partir dos galhos de árvores da calçada da rua.

O projeto é assinado pelo arquiteto Toyo Ito, quem, com esse projeto, foi premiado em 2013 com o Pritzker, um dos maiores prêmios da arquitetura contemporânea.

Prada

Essa é a loja principal da Prada no Japão. É um prédio de seis andares e cinco  fachadas  composta  por vidros tridimensionais em formato de diamante, o que traz uma visão de fascínio e conforto ao olhar e a  experiência é ainda mais impressionante para quem esta no interior da loja.

Esses painéis são descritos por Herzog, um de seus criadores, como “um dispositivo óptico interativo”, pois a curvatura do vidro “parece se mover conforme você anda ao redor dele. Isso cria consciência sobre a mercadoria e a cidade – há um intenso diálogo entre os atores”, segundo o arquiteto, para o qual, a vista da cidade é tão importante quanto a mercadoria que está sendo adquirida.

O projeto é assinado pelo escritório suíço Herzog & Meuron, também ganhadores do Prêmio Pritzker.

Cartier

Uma construção um pouco menos inovadora do que seus vizinhos, o prédio da Cartier, ainda assim chama a atenção pelas grandes janelas de vidro nos dois andares dessa loja de esquina.

O projeto é assinado por Bruno Moinard e Jun Mitsu & Associados.

Hugo Boss

A loja da marca alemã traz um formato peculiar: a construção lembra  torres de castelos com sua forma circular e muito alta que mescla colunas de concreto na diagonal com janelas de vidro que impressionam.

O projeto é assinado pelo renomado arquiteto japonês Norihiko Dan, conhecido por suas estruturas que desafiam a gravidade.

Sunny Hill

Externamente, é possível ver várias estruturas de madeira (hinoki, cipreste japonês) que constituem a fachada dessa loja taiwanesa de sobremesas, porém internamente grandes placas de vidro propiciam uma melhor visibilidade, iluminação e  conforto ao cliente e visitante.

Mais de 5.000 metros de faixas de hinoki foram usadas nessa incrível fachada entrecruzada!

O projeto é assinado pelo famoso arquiteto Kengo Kuma.

COACH

O prédio dessa loja de acessórios conta com uma fachada se constitui de vários boxes modulares de vidro que formam uma espécie de mosaico cristalino.

O projeto foi assinado pelo escritório OMA, que usa e abusa das qualidades do vidro como aliado em seus projetos.

Tokyu plaza

Uma das construções mais impressionantes da Omotesando é a entrada do shopping Tokyu Plaza.

O prédio mescla longas vitrines de vidro com terraços muito interessantes, mas a parte mais impressionante dessa construção é a escada da entradacercada por uma sequência de espelhos que formam uma espécie de caleidoscópio gigante interagindo com os frequentadores.

E, é claro, é o ponto mais instagramável da rua.

O projeto é assinado pelo arquiteto Hiroshi Nakamura e NAP, que assinam projetos incríveis no mundo inteiro.

 

Como vimos , o vidro  ajuda a construir projetos cada vez mais ousados e marcantes, valorizando tanto o interior quanto o exterior das edificações!

Conte-nos qual foi o seu projeto favorito?

por:

VIDRO CERTO

Referências:

https://arquitecturaviva.com/works/edificio-dior-en-omotesando-tokio-0

https://architecturetokyo.wordpress.com/2017/06/18/2003-dior-omotesando-sanaa/

https://www.gotokyo.org/en/destinations/western-tokyo/aoyama-and-omotesando/index.html

Omotesando – The World’s Best Outdoor Modern Architecture Museum

https://www.amusingplanet.com/2015/02/the-architectural-grandeur-of.html

https://showcase-tokyo.com/2021/07/13/omotesando-architecture-walk-glasses-english/

https://www.mvrdv.nl/projects/105/gyre

https://whenin.tokyo/SunnyHills-Aoyama

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