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Eficiência energética no setor residencial

Eficiência energética no setor
residencial

por:

Fernando Westphal

Tempo de leitura: 4 minutos

“O Brasil é eficiente?” Comecei minha palestra com esta pergunta no VidroSom 2023, que ocorreu junto ao SAIE VETRO em Florianópolis no dia 1° de setembro. Claro que é uma pergunta capciosa. Se formos respondê-la com uma análise profunda sobre indicadores econômicos, como crescimento do PIB, resultado da balança comercial ou discorrer sobre qualidade dos serviços prestados à população, podemos chegar a resultados pouco animadores. Mas se formos restringir a análise ao uso e geração de energia no Brasil, nós somos um bom exemplo para o mundo. Demonstrei isso na palestra com alguns números, que trago resumidamente aqui.

Fontes Renováveis

Os dados do último Balanço Energético Nacional (BEN), publicado agora em 2023 pelo Ministério de Minas e Energia, apontam que 86% da eletricidade consumida no Brasil em 2022 foi gerada por fontes renováveis. Esse percentual é distribuído entre as usinas hidrelétricas, com 62% de participação do total da eletricidade gerada no país, seguido pela eólica (12%), biomassa (8%) e solar (4%). Se compararmos com outros países, nós somos referência em energia limpa. Os Estados Unidos têm apenas 19% da geração de eletricidade por fontes renováveis. A eletricidade consumida no país norte-americano utiliza como fontes principais o gás natural (32%), o carvão (26%) e a nuclear (22%). A Alemanha, país referência em promoção de geração de energia solar e eólica, teve apenas 41% de sua eletricidade gerada por fontes renováveis em 2021.

Consumo nas Residências

O tema do VidroSom deste ano era habitação de interesse social. O setor residencial no Brasil representou 27% do consumo total de eletricidade em 2022. O consumo médio mensal de eletricidade nas residências brasileiras é de cerca de 180kWh (quilowats-hora), resultando num consumo anual de 2.160kWh. Na Alemanha, o consumo médio de eletricidade nas residências é de 3.100kWh por ano, mas eles utilizam outras fontes para o aquecimento, especialmente gás natural, elevando o consumo para 18.000kWh, quando fazemos a conversão do volume de gás para kWh térmico. No Brasil, também são utilizadas outras fontes de energia nas residências, especialmente para a cocção de alimentos, como é o caso da lenha, que representa 26% da energia total consumida no setor, e o gás de cozinha, com 22% de participação. Adicionando essas fontes no cálculo, o consumo anual de energia de uma residência brasileira vai a 5.000kWh. Ainda assim, o uso na Alemanha é três vezes superior. Se compararmos com o perfil de consumo nos Estados Unidos, a diferença é ainda mais gritante. Uma residência na Flórida apresenta em média um consumo de eletricidade de 13.100kWh por ano, ou 1.090kWh por mês, o que representa seis vezes o valor brasileiro — sem contar as outras fontes de energia.

Condições Climáticas

Então, no setor residencial nós somos muito eficientes. Utilizamos menos energia e geramos eletricidade de forma mais limpa. É claro que somos agraciados com boas condições climáticas, que dispensam a necessidade de calefação ou uso de ar-condicionado de forma intensa ao longo do ano. E devemos continuar tirando proveito disso. Mesmo que a população venha a ter acesso facilitado a aparelhos de ar-condicionado no futuro, por consequência da evolução tecnológica e redução de custos, devemos trabalhar para que o uso seja restrito às épocas extremamente necessárias, quando o clima externo é desfavorável. Por isso é importante o esforço no desenvolvimento de projetos de edificações com alta eficiência, com o uso de vidros de controle solar, elementos de sombreamento e aproveitamento da luz do sol e ventilação natural.

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Imagem mostrando um prédio com fachada de vidro do lado direito no fim de tarde com um andar iluminado.

por:

Fernando Westphal

Referência Bibliográfica:

Revista Contramarco

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O portal Vidro Certo é uma iniciativa da ABIVIDRO, e segue suas diretrizes de Política de Privacidade.

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Vidros podem ser dinâmicos, ativos e inovadores

Vidros podem ser dinâmicos,
ativos e inovadores

por:

Fernando Westphal

Tempo de leitura: 4 minutos

O projeto de uma fachada eficiente em climas tropical, subtropical e temperado é sempre um grande desafio. Embora tenhamos que reduzir o ganho de calor no verão, também é necessário vencer o frio rigoroso do inverno, especialmente em edificações residenciais, onde existem poucas fontes de calor interno para aquecer naturalmente o ambiente. Esses climas são predominantes na maior parte do Brasil. Pensando nos vidros, seja para instalação em esquadrias ou fachadas-cortina, a questão pode ser complexa. A necessidade de redução significativa do ganho de calor pode levar a soluções que resultem na diminuição da luz natural no ambiente interno. Em geral, os vidros de controle solar de alta eficiência tendem a ser mais escuros ou refletivos do que um vidro incolor comum. Elementos de proteção solar, como brises e venezianas, podem ter um bom resultado na redução do calor interno, mas também promovem obstrução do contato visual com o exterior e acesso à luz. O projeto precisa ser bem elaborado, considerando o desenho dos brises em conjunto com a especifi cação do vidro. O ideal é que o elemento de proteção seja móvel, permitindo o bloqueio do sol quando necessário para reduzir o calor e excesso de luz, mas admitindo-o quando o clima estiver frio ou quando há possibilidade de maior iluminação natural. Todo elemento móvel numa fachada já desperta um alerta para o proprietário da edificação: a necessidade de manutenção. Isso torna-se um empecilho no desenvolvimento e aplicação da estratégia.

Solução a caminho

E se esse controle pudesse ser aplicado diretamente o vidro? Isso já é possível por meio de vidros dinâmicos, ou ativos, que podem ter suas características alteradas durante o uso, agindo ativamente sobre o desempenho da edificação. Nesta lista, podemos citar os vidros eletrocrômicos e os termocrômicos. Os primeiros têm sua capacidade de transmissão de luz e calor alteradas por uma corrente elétrica, podendo ser automatizada por meio de sensores ou manual por acionamento do usuário. Já os vidros termocrômicros têm sua transmissão de luz e calor alterada de acordo com a temperatura do vidro. Existem revestimentos (coatings) e películas para esse tipo de comportamento, sendo aplicados a vidros laminados, da mesma forma como os eletrocrômicos. Materiais mais avançados permitem reduzir significativamente o ganho de calor enquanto mantêm alta transparência à luz.

Aerogel

Na verdade, as tecnologias recentes e mais inovadoras no mercado vidreiro têm surgido para aplicação no interlayer de vidros laminados ou no preenchimento da câmara de ar dos vidros insulados. É o caso do aerogel. Um material extremamente leve, isolante e translúcido, que aplicado ao vidro insulado pode proporcionar o redirecionamento da luz e aumentar o isolamento térmico da composição. Talvez não seja o caso de aplicação no Brasil para a função de barrar o calor em esquadrias comuns, mas pode ser uma estratégia interessante na execução de paredes leves e translúcidas, substituindo materiais opacos tradicionais, como a alvenaria, o drywall e o concreto. Na mesma linha, de substituir materiais tradicionais, o vidro fotovoltaico, com a laminação de células para geração de energia entre chapas de vidro, pode substituir materiais de revestimento, como cerâmica, pedras naturais e outros compostos minerais. Proporcionam a durabilidade, facilidade de manutenção e estética do vidro, enquanto produzem energia elétrica por décadas. Com a redução do custo das células de silício ocorrida nos últimos anos, a viabilidade desse tipo de solução é economicamente atrativa mesmo em fachadas onde a incidência de sol não é privilegiada.

foto: empa

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Fernando Westphal

Referência Bibliográfica:

Revista Contramarco

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Por que o vidro laminado?

Por que o
Vidro Laminado?

O vidro laminado vem sendo escolhido para os mais diversos projetos residenciais e comerciais em função das suas diversas características.

por:

VIDRO CERTO

Tempo de leitura: 5 minutos

Podemos citar que o principal motivo para avaliar o seu uso vem da necessidade de segurança na aplicação. A normatização brasileira indica o uso de vidros laminados em todas as aplicações onde existe o risco de queda com o rompimento do anteparo de vidro. Ou seja parapeitos, de até 1,10m de altura, escadas entre outras aplicações que apresentem riscos como coberturas.

Por ser o vidro mais indicado para garantir a segurança dos usuários em diversas aplicações muitas vezes não percebemos todos os benefícios que o vidro laminado oferece aos usuários
Podemos dizer que a principal característica dos vidros laminados é se manter Apesar de muitas vezes ser visto como um produto que precisa de um investimento maior quando comparado a um vidro comum ou temperado. Como veremos abaixo, os benefícios de se ter um vidro laminado são inúmeros, por isso é chamado de Vidro de Segurança.

Benefícios do Vidro Laminado:

• Manutenção do fechamento dos vãos até a substituição evitando acesso de pessoas, animais e entrada de água, vento e outros faturas da natureza;


• Maior resistência a vandalismo e invasão;


• 99% da redução de raios UV que danificam móveis, madeiras, tecidos e mesmo o conforto de usuários;


• Redução de ruídos entre ambientes por ser uma composição de chapas de vidro e uma película em espessuras iguais o vidro laminado tem maior eficiência para reduzir ruídos. Existem laminados específicos para este fim.

O vidro laminado ainda oferece ao consumidor uma série de opções para atender seus projetos como:

• Design / Decoração: Diversas cores e padrões;


• Resistência: Diversos tipos de combinações de vidros e películas levando a resultados distintos na resistência de simples retenção até a blindagem;


• Resistência ao fogo: Com películas especiais o laminado pode ser resistente ao fogo;


• Eficiência Energética: Combinação com vidros refletivos adicionando eficiência.

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VIDRO CERTO

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